
Essa imagem aí é uma xilogravura de José Francisco Borges (J. Borges) que ele intitulou de
Lua de mel de matuto. Ilustrador de inúmeros cordéis, alguns de sua própria autoria, essa xilo é a que eu mais gosto das que ele fez. Dá pra perceber todo o cuidado dedicado à representação pretendida através, por exemplo, dos detalhes delicados do sutien pendurado na árvore ou a beleza do casal nu se amando, imagem que só se realiza na nossa imaginação, já que a cena em si ocorre implicitamente atrás do burrico. Há outros detalhes, como as folhas da árvore num efeito lindíssimo e a serpente remetendo ao pecado original, o que particularmente me remete, na verdade, ao amor original. Graças ao Acaso (com letra maiúscula por se tratar ao meu ver de uma entidade divina e provedora), na sexta tropecei e caí de cara numa exposição do J. Borges na Caixa Cultural. Bem simples e bem precisa, ou seja, uma exposição de muito bom gosto e esclarecedora de uma linha cultural pouco contemplada. Pena terminar no dia 09/08 (segunda). Abaixo, outras xilos presentes na exposição:
3 comentários:
Sempre bom vê a cultura popular, sobretudo nordestina (tenho que levantar a bola, entende né rs), em evidência. Valeu pela dica.
Dia lindo! Parece que foi ontem...rs
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