domingo, 18 de outubro de 2009

A camada do pré-sal

Retirar um volume tão grande de petróleo numa camada tão subterrânea — algo sem nenhum precedente nem ao menos parecido — não pode afetar nosso ecossistema e fazer com que o Brasil comece a conviver, por exemplo, com terremotos???

sábado, 17 de outubro de 2009

O importante é competir

Ele é o sucessor de Ayrton Senna. Depois da morte do talvez maior ídolo do esporte brasileiro, coube a ele manter o nome do Brasil no automobilismo de alta performance que é a Fórmula 1. Sua principal oportunidade nesse esporte veio com sua contratação pela Ferrari, mas veio acompanhada também da disputa interna com o maior campeão de todos os tempos, sete vezes campeão mundial, Michael Schumacher, colocando sua atuação na equipe em segundo plano. Sua imagem é comumente associada ao fracasso, tanto que há alguns anos um programa humorístico criou um personagem com o nome “Rubens Pé de Chinelo” baseado nele.
Que tipo de exemplo positivo Rubens Barrichello pode dar diante de todos esses fatos? Bem, fala-se aqui de um piloto que nunca foi campeão mundial, nem ao menos ganhou alguma corrida no GP do Brasil, além de ter corrido um grande risco de não ser contratado no ano de 2009 por nenhuma escuderia da F1, sendo incorporado a uma nova equipe chamada Brown GP de última hora por mostrar a impressionante vontade em continuar correndo.
Então, o importante seria realmente competir?! Nunca entendi direito essa frase, isto é, nunca acreditei direito naquilo que ela diz. O que a gente quer é ganhar e sempre pensei que priorizar a participação numa competição em detrimento da vitória é argumento usado para perdedores.
Hoje, dia 17/10/09, sábado, Rubens Barrichello é pole position do GP do Brasil, numa corrida de classificação simplesmente genial, mostrando uma capacidade em último grau e de muita perícia. Amanhã é capaz de ser pela primeira vez o vencedor em Interlagos. Mas o curioso é que a classificação bem-sucedida e a provável vitória no domingo são apenas um detalhe. O fantástico, presente em toda a história de Rubinho, é a sua evidente paixão pelo esporte e pelo Brasil e acima de tudo, nunca ter desistido, pois acreditou em si quando ninguém mais acreditava, correu esses anos todos defendendo o nosso país sem nenhum apoio popular. Ganhar é importante, mas Rubinho me fez entender que competir sem condições favoráveis nos leva à superação, e aí já está presente a grande e verdadeira vitória.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Quando o errado parece certo

Encontrei a esses dias um amigo querido que há muito não via, e na conversa que tínhamos naquela ocasião, eu perguntei como andava sua faculdade de economia, pelo que fui respondido da seguinte maneira que mais ou menos reproduzo abaixo:
— Anda meio atrasada por motivo de umas coisas aí...
— Ah é?!
— Sim, coisas amorosas.
— Chegou a trancar e tudo?
— É.
— Rs... Você trancou a facul por causa de uma garota?
— Foi, mas a gente não tá mais junto.
— Liga não, eu acho que você fez bem.
Não que a rigor esteja certo alguém trancar uma faculdade porque de algum jeito uma relação amorosa precisa ser priorizada em detrimento do estudo da economia ou de qualquer outro curso de graduação, entretanto, saber que alguém ainda está disposto a abandonar “tudo” por amor, alenta um coração bobo como o meu.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O óbvio

Olimpíada é Rio em 2016. Posso até estar figurando o papel daquele que é “do contra”, e não faço questão nenhuma de parecer outra coisa, mas ei, pessoal! é clichê e ainda assim deve ser dito: tem muita coisa a ser feita que é prioridade, e o papo de que “o transporte vai melhorar com a olimpíada”, “a segurança vai melhorar”, etcetera e tal, não pode ser usado como argumento, porque tudo isso já deveria estar melhor por obrigação e responsabilidade governamental. Os únicos beneficiados pelas olimpíadas de 2016 são os donos de empreiteiras e os que podem tirar algum proveito político ou financeiro das inúmeras obras realizadas tudo com dinheiro nosso (não tomamos consciência cultural disso ainda, como ocorre nos EUA). Por fim, as olimpíadas trarão algum entretenimento aos que podem pagar um ingresso para assistir a um evento esportivo na cidade, isto é, a nós, classe média que só sabe olhar o próprio umbigo.