quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Amor à camisa

Muito se diz sobre os jogadores de futebol no Brasil não terem mais o que se chama de “amor à camisa”. Fazendo uma comparação com o passado, não é difícil lembrar de jogadores que tinham a camisa do clube que defendiam como sua verdadeira pele. A ideia que se tem de Zico é indissociável de Flamengo, assim como o Júnior capacete. Do mesmo modo é a relação entre Dinamite e o Vasco, e pra falar de exemplos mais recentes, Danrlei e o Grêmio, São Marcos e Palmeiras, Rogério Ceni e São Paulo...
É verdade que o futebol cada vez mais mostra cenas de alguma maneira grotescas, como é o caso que me vem à mente agora: Carlinhos Bala que já foi ídolo do Sport, mas hoje joga no seu grande rival, o Náutico. Mas acredito que boa parcela da culpa nesse troca-troca é dos próprios clubes, já que atolados em dívidas vendem até a alma por alguns trocados, quanto mais jogadores que possuem um pequeno peso na tomada de decisão no que se refere a seu próprio destino. Ainda para embasar a teoria que o caso não é de falta de amor à camisa, há pouco tempo, os jornais estampavam em seus cadernos esportivos o volante Christian, que vendido ao futebol turco pelo Corinthians, se emocionava ao dar sua entrevista de despedida. Outro exemplo foi o que eu assisti hoje no Globo Esporte: o atacante do Vasco Alan Kardec chorando porque foi emprestado ao Internacional.
Logo, eu creio que “amor à camisa” ainda há sim, e desconfio que é isso que tem salvado um pouco os times brasileiros, como o Flamengo, que manteve o excelente volante Ibson por mais tempo que o esperado; que recebeu o reforço dos atacantes Adriano e Emerson (esse último já vendido a um time árabe) por motivos óbvios: a vontade que os mesmos têm em jogar pelo time de coração, porque infelizmente os times daqui não possuem outros atrativo$.

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